No Rio de Janeiro, o Hospital São Francisco relembrou a histórica visita do Papa Francisco com uma missa e uma exposição especial.
Reportagem de Vinícius Cruz e Jairo Rec
No mesmo local onde, há quase 12 anos, o Papa Francisco abençoou pacientes, médicos e voluntários, uma nova oração foi feita – desta vez, por sua alma, em gratidão por seu testemunho de fé e também para saudar o novo Papa, Leão XIV.
Logo após a celebração, fiéis seguiram em procissão até a entrada principal do hospital. Ali, foi inaugurada uma exposição com objetos usados pelo Papa Francisco durante sua agem pelo Rio, no dia 24 de julho de 2013.
Neste espaço simples, o Papa Francisco deixou marcas profundas. Para os fiéis, não foi apenas uma visita. Foi um gesto de humildade e compaixão que se transformou em legado e que agora pode ser revivido de perto por quem quiser conhecer essa história tão comovente.
Cada peça guarda uma memória. O trono onde Francisco se sentou e que hoje leva seu nome. O aspersório com que ele abençoou os presentes. E até um presente que deixou: uma imagem de Nossa Senhora do Loreto, que agora é símbolo de sua devoção.
O diretor geral do hospital, Frei Nicolau Castro apontou:“A gente quis elevar esse legado, esse nome deste homem que jamais vai deixar de fazer parte da nossa vida, principalmente enquanto associação e Fraternidade de São Francisco, porque o Papa escolheu estar aqui”.
A coordenadora da Fisioterapia, Arminda Rodrigues Patoleia afirmou:“Continuar com o legado dele aqui no hospital. A gente construiu o pai que foi a pedido dele, os barcos.E eu me sinto muito feliz de ter continuado aqui com esse clima franciscano que o Papa deixou pra gente”.
E essa história não pára por aí. O Polo de Atenção à Saúde Mental que ele inaugurou, já acolheu mais de 11 mil pessoas. Um espaço onde o cuidado vai além da medicina — e se transforma em escuta, respeito e dignidade.
A aposentada, Dilva Hermes, lembra: “Ele focalizou os humildes, os pobres (…) porque ele foi o início dele, ele trouxe, já era a raiz dele”.
Francisco também lançou um chamado à Amazônia. Foi dele a inspiração para a criação dos barcos-hospitais, que hoje cruzam os rios do Norte, levando atendimento a quem antes não tinha o algum.
Da Congregação Irmãs da Caridade de Santa Cruz, irmã Maria Quirina compartilhou: “Ele era do povo, ele não era só dos católicos, mas ele era de toda a Igreja, do mundo inteiro”.