A nova edição das Pesquisas Trimestrais da Pecuária foi divulgada pelo IBGE. Os dados mostram tendências na produção animal e ajudam a desenhar o cenário atual da agropecuária nacional.
Reportagem de Alan Toledo e Messias Junqueira
Dados IBGE apontam o aumento de 3,8% no abate de bovinos no país. Suínos chegam a 1,4% e frangos 2,3%, no primeiro trimestre do ano em comparação ao mesmo período de 2024. Gerando movimentação positiva na cadeia produtiva do país.
“Nós estamos atravessando um momento bastante interessante. Um dos aspectos que não é o principal, mas um dos aspectos que têm afetado esse crescimento é essa política internacional. Além disso, em algumas áreas têm um período de ciclos na produção e aí tem um período em que se abate as matrizes, são as fêmeas, para renovação do plantel”, destaca o economista Humberto Felipe.
As restrições impostas sobre a China criaram resultados positivos para o Brasil, que tem exportado mais e explorado outros mercados.
“O Brasil, em sua área internacional, tem procurado inclusive mudar um pouco o perfil das exportações, que a China absorve em torno de 40% ou mais da proteína animal. E aí as áreas de relação exterior, ligado ao comércio exterior tem buscado outros mercados, como a Arábia Saudita e outros mercados que têm colaborado para que o Brasil não fique dependente de exportação de um país só”, reforçou o economista.
O setor pecuário brasileiro começou o ano de 2025 em crescimento, mas será que a alta na produção reflete também no consumidor final?
O consumidor relatou: “Levando um pouco de linguiça, de lombo suíno, e uma carne para cozinhar”. – E como está o preço, está mais ível? – “Não, está cada vez mais caro, eu tive que trocar o bife pela carne cozida, que é mais barato”.
“O preço da carne está meio salgado, meio alto. Então a gente sempre procura comprar essas porções menores, que é para fazer no dia mesmo, para gente comprar mais carne, não tem como, está meio caro”, completou outra consumidora.
E o paladar brasileiro mudou, viés de mercado explorado pelo Guto. Que apostou em cortes nobres. “Um nicho de mercado muito bacana de se trabalhar. Hoje quando a gente fala em churrasco, a gente fala de um jantar mais bem preparado, a gente consegue ter um corte bacana, que vai trazer uma experiência legal pro nosso cliente”, disse o proprietário, Paulo Augusto de Lima.
Os kits foram uma boa solução para o aumento das vendas. “O cliente quer preço e quer qualidade. Então é uma coisa que a gente tenta equalizar, pro cliente ter um produto bom, mas que tem um custo benefício bom para ele também, porque varia. Tem contra filé nosso de 49, tem contra filé nosso a 130 reais o kilo. Então assim, tem público para todos, porém a gente tem que fazer essa conta que vai caber no bolso do consumidor”, concluiu ele.