Telegrama

Dor do Papa pelo assassinato de duas freiras no Sudão do Sul

Telegrama de Condolências do Pontífice foi enviado às famílias e à Congregação do Sagrado Coração

Da redação, com Vatican News

/ Foto: Daniel Ibanez – CNA

No telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, o Papa Francisco afirma ter ficado “profundamente triste ao saber do brutal ataque contra um grupo de freiras da Congregação do Sagrado Coração”. A situação aconteceu no domingo ado, 15, e resultou na morte das Irmãs Maria Abud e Regina Roba.

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O Pontífice expressou suas condolências às famílias e à comunidade religiosa. O Papa qualificou o ocorrido como um “ato de violência sem sentido”. Ele confiou que seu sacrifício “fará avançar a causa da paz, da reconciliação e da segurança na região”.

Ataque brutal

As duas freiras foram mortas em uma emboscada na estrada que liga a capital do Sudão do Sul, Juba, a Nimule, na fronteira com Uganda.

As religiosas, juntamente com algumas irmãs e vários fiéis, regressavam a Juba. Elas haviam participado da celebração do centenário da fundação da paróquia de Loa, na Diocese de Torit, onde a igreja é dedicada à Assunção.

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Eles estavam viajando em um ônibus que foi atacado por homens armados. Após o ataque – relataram fontes locais – irmã Mary, irmã Regina e três outras pessoas foram assassinadas.

Estrada é alvo de constantes emboscadas

Não é a primeira vez que ocorrem incidentes graves na estrada que liga Juba a Nimule. Ela é a única asfaltada do Sudão do Sul e por onde a grande parte das mercadorias, inclusive alimentos, que abastecem os mercados de capitais, os mais importantes do país.

As emboscadas de comboios de caminhões vindos de Kampala, capital de Uganda, e de caminhões carregados com contêineres que chegam do porto queniano de Mombaça são cada vez mais frequentes, recorda a revista Nigrizia.

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A emboscada do comboio de fiéis que regressava das comemorações do centenário de Loa insere-se no contexto de um país dilacerado pela violência e pela instabilidade.

Sudão do Sul, dez anos de independência

Dez anos se aram desde a independência do Sudão do Sul. No dia 9 de julho, por ocasião do aniversário, os líderes do país receberam uma carta conjunta assinada pelo Papa Francisco, pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e pelo moderador da Igreja da Escócia, por Jim Wallace.

“Neste dia que marca os dez anos da independência do Sudão do Sul, enviamos-lhe as nossas cordiais saudações, conscientes de que este aniversário traz à memória as lutas do ado e aponta com esperança para o futuro”. “A vossa nação – prossegue o texto – é abençoada com um potencial imenso e encorajamos-vos a realizar cada vez mais esforços para permitir que o vosso povo goze de todos os frutos da independência”.

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