Encontro com outras religiões

Papa: é terrível justificar violência com o nome de Deus

Papa voltou a pedir condenação para estes atos em encontro com representantes religiosos sobre misericórdia

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

O Papa Francisco encontrou-se nesta quinta-feira, 3, com cerca de 200 representantes de diversas religiões empenhados em obras de caridade e de misericórdia. A audiência no Vaticano insere-se no contexto do Jubileu da Misericórdia.

Cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, hinduístas e outras religiões estiveram representadas no encontro com o Santo Padre. Francisco pediu aos representantes das diversas religiões que rejeitem o caminho da contraposição e do fechamento.

“Não aconteça mais que as religiões, por causa do comportamento de alguns de seus seguidores, transmitam uma mensagem dissonante daquela da misericórdia. Infelizmente, não a um dia sem que se ouça falar de violência, conflito, sequestros, ataques terroristas , vítimas e destruições. E é terrível que para justificar tais barbáries seja invocado o nome de uma religião ou do próprio Deus”, lamentou o Santo Padre.

O Papa pediu condenação clara a essas atitudes, que profanam o nome de Deus e poluem a busca religiosa do homem. Ao invés disso, deve-se buscar o encontro pacífico entre os crentes e uma real liberdade religiosa.

“Sejam as religiões ventres de vida, que levem a ternura misericordiosa de Deus à humanidade ferida e necessitada; sejam portas de esperança, que ajudem a atravessar os muros erguidos pelo orgulho e pelo medo”.

Francisco destacou que o mistério da misericórdia não deve ser celebrado apenas com palavras, mas sobretudo com obras, com um estilo de vida realmente misericordioso.

“É o estilo ao qual são chamadas também as religiões, particularmente no nosso tempo, mensageiras de paz e artífices de comunhão, para proclamar, ao contrário dos que alimentam confrontos, divisões e fechamentos, que hoje é tempo de fraternidade”.

O tema da misericórdia é familiar a muitas tradições religiosas e culturais, observou o Papa, explicando que estender a mão com ternura para a humanidade frágil e necessitada é algo que pertence a uma alma realmente religiosa.

“Fazer-se próximo a quantos vivem em situações que requerem um maior cuidado, como a doença, a deficiência, a pobreza, a injustiça, as consequências dos conflitos e das migrações é um chamado que vem do coração de cada tradição autenticamente religiosa”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo