Nesta quinta-feira, 5, cardeal secretário de Estado do Vaticano presidiu a Santa Missa na Basílica de São Pedro para representantes de associações, movimentos eclesiais e novas comunidades
Da Redação, com Vatican News

Foto: Pawel P’s via Canva
O amor e a unidade (princípios aos quais Leão XIV chamou a Igreja na Missa de início do ministério petrino) entrelaçam-se no caminho indicado pelo secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, na homilia da Santa Missa que aconteceu na manhã desta quinta-feira, 5, no Vaticano. A celebração foi direcionada aos 250 representantes das 115 movimentos, associações e novas comunidades reconhecidas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, reunidos no Vaticano por ocasião do seu encontro anual. O evento acontece na véspera do Jubileu dedicado a eles e tem como tema “A esperança vivida e anunciada. O dom do Jubileu para as aglomerações eclesiais”.
A Santa Missa foi concelebrada pelo Cardeal Kevin Farrell e pelo bispo Dario Gervasi, respectivamente prefeito e secretário adjunto do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Refletindo sobre a oração de Jesus ouvida pouco antes no Evangelho, Cardeal Parolin frisou como “unidade e amor” são as duas “realidades distintivas de toda comunidade cristã”: “Sinais reveladores” e “sinais missionários”, ambos falam de Deus e “atraem para Deus”.
A Igreja deve viver a mesma “unidade” existente entre o Pai e o Filho para que a comunidade cristã não seja apenas um grupo de amigos como tantos outros, disse o purpurado. Quando o conjunto “não fala de Deus”, prosseguiu o cardeal, tudo o que a comunidade faz de bom pelos outros “reduz-se a caridade, voluntarismo ético e esforço humano de solidariedade”, mas não deixa entrever a “caridade divina fruto do Espírito Santo derramado em nossos corações”. Assim, se a harmonia entre as pessoas suscita atração, a unidade e o amor na Igreja tornam-se sinais reveladores e missionários somente conservando a sua “origem divina”.
Levar Cristo aos que esperam Sua luz
O secretário de estado do Vaticano afirmou que as relações humanas, de fato, são muito instáveis. Basta pouco para que a unidade se rompa nas famílias, nos ambientes de trabalho, entre amigos, sem falar “dos contextos mais amplos da sociedade civil, da política, das relações entre os Estados”, onde “parece quase impossível conservar a unidade e ainda menos o amor”, lamentou.
A unidade e amor são um dom “a ser guardado e alimentado”, enfatizou o purpurado. Cardeal Parolin fez então uma referência à primeira leitura e ao convite dirigido a São Paulo para testemunhar não só em Jerusalém, mas também em Roma: “também as suas futuras missões são necessárias”, salientou dirigindo-se aos presentes, e não devem “ficar em Jerusalém”, mas “chegar a Roma”, ou seja, chegar “ao coração do mundo moderno, aos novos centros da vida social, aos novos ambientes da comunicação, às novas gerações”.
Por fim, no dia em que a Igreja recorda São Bonifácio, grande evangelizador e missionário incansável, o purpurado invocou sua intercessão para que, nas comunidades eclesiais, todos sejam “alegres anunciadores do Evangelho, a fim de levar Cristo, nossa esperança, aos homens que esperam sua luz”.