Desde 2023, o Brasil registrou 165 casos de gripe aviária em aves silvestres. O Ministério da Agricultura monitora suspeitas em seis estados, incluindo Minas Gerais. O vírus de influenza aviária foi encontrado em aves ornamentais, criadas sem o objetivo de consumo humano e não afeta o comércio exterior.
Reportagem de Nathália Cassiano e Gilberto Pereira
Rogério é feirante há mais de vinte e cinco anos na capital paulista. No Trabalho tem informado aos consumidores sobre a gripe aviária.
“E a gente explicou muito, falou muito, sobre o que é e o que não é, tem que explicar, tem que estar falando o que é pro pessoal não entrar em pânico”, afirma o feirante, Rogério Malta.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, o foco de gripe aviária localizado em Montenegro – no Rio Grande do Sul, está contido. No entorno da cidade gaúcha, 540 estabelecimentos rurais foram vistoriados. Agora, apenas uma granja da região está em investigação.
O médico sanitarista, Gonzalo Vecina explica: “Tanto os frangos de corte quanto as galinhas poedeiras, elas vivem num ambiente muito fechado. Então tem uma quantidade de aves muito grande por metro quadrado e elas são estimuladas a ter uma alta produção. Você nunca apaga a luz dentro do barracão. Então quando entra um microorganismo nesses ambientes ele se dissemina muito rapidamente”.
O governo espera anunciar que o país está livre da doença dentro dos próximos 20 dias. Esse prazo se deve a questões sanitárias a partir da identificação do caso mais recente.
“O que aconteceu no Rio Grande do Sul é que de alguma forma essas barreiras foram rompidas, e o medo que nós temos é que outras criações em por esse mesmo tipo de problema”, completou o Gonzalo Vecina.
Além das aves, a influenza aviária, afeta também mamíferos, incluindo bovinos, mas raramente contamina o ser humano. A transmissão se dá pelo contato com aves doentes, água ou materiais contaminados. O sanitarista orienta quanto a prevenção:
“O que precisa é haver informação para quem em um galinheiro no fundo do quintal, para que ele se cuide para que as aves migratórias tenham menos o a fontes de alimentos nessas criações locais. Saber o que está acontecendo para tomar as medidas cautelares necessárias para impedir que isso se dissemine”, concluiu Gonzalo.